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Tenho algumas lembranças sensoriais que, nestes tempos de isolamento, me deixam saudosa. Uma delas é o cheiro de uma biblioteca. Acreditem, um dos meus programas favoritos na época de estudante era entrar na biblioteca da FFLCH-USP e me perder naqueles imensos corredores, cheios de possibilidades, versões, pensamentos. Obras históricas que me emocionavam só de tê-las nas mãos. Lembro que, por muitas vezes, pegava alguns livros e sentava por lá, só para abri-los e sentir o que tinha dentro deles.

Confesso que, nos últimos anos, esse hobby estava um pouco distante da minha rotina, mas a minha paixão pelos livros e por sempre aprender não foram deixados de lado. Dentro das possibilidades tenho pesquisado muito sobre educação, autoaprendizagem e aprendizagem autodirigida, andragogia, life long learning e tantas outras possibilidades. A cada dia, me encantado mais com o tema. Tanto na versão da educação de crianças e adolescentes quanto na educação, por assim dizer, corporativa.

A ideia de conduzirmos nossa aprendizagem é encantadora e libertadora. É como puxar a ponta de um novelo emaranhado e ir, aos poucos, desfazendo aquele grande nó. No seu tempo, do seu jeito. Falamos em curiosidade, caminho autônomo, envolvimento genuíno. Canso de me ‘perder’ em temas, subtemas, microtemas, conhecendo ideias, teorias e histórias que eu nem pensava que poderiam existir, fazendo conexões entre eles, desenvolvendo novas possibilidades, criando.

A aprendizagem é um processo que deveria durar a vida toda. Nunca deveríamos nos descolar desta palavrinha tão cheia de possibilidades, que abre tantas portas, tantos olhos e corações.

E aí, o que você tem ‘autoaprendido’ ultimamente?

*Frase do título: Walt Whitman