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Hoje acordei com vontade de tomar um café. Não o que faço em casa, que é muito bom, por sinal, mas aquele que cada gole é uma pausa providencial, um silêncio bem-vindo. 

Aquele café que o cheiro estimula ideias, pensamentos, aguça a vontade de fazer. Aquele sabor que é degustado, junto de novas parcerias, projetos, caminhos e conselhos. 

Para mim está sendo um aprendizado valorizar as conquistas online. Gosto do cheiro de jornal, de abraço apertado e daquele cheiro de café, principalmente se vier com bolo de fubá. 

O esforço coletivo para que a afetividade apareça e transborde à tela é significativo, reconheço. Durante esse período fiz alguns cursos interessantes e tive o prazer de perceber novas habilidades e paixões. Estabeleci novas conexões e descobri ferramentas incríveis de trabalho. Também vi muitas ações genuinamente presenciais se adaptando ao virtual. Sigo neste caminho de troca e aprendizado online. 

Mas gosto do meu café sem açúcar. De sentir o gosto puro e diferente de cada novo lugar que vou, de cada nova reunião, de cada encontro, de cada casa, de cada projeto. O café me faz ir e vir, parar em lugares sem motivo, visitar pessoas, sentir cheiros, observar. O café me faz lembrar. 

Ainda não retomei esse ritual tão importante na minha vida. Mas, quando o momento chegar, vou me esbaldar. A lista está enorme.