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Estamos nos adaptando aos novos tempos, conhecendo ferramentas que nos aproximam e utilizando-as de uma forma saudável. Estamos, na caixinha dos relacionamentos pessoais, aprendendo o tempo inteiro. Palavras como saudade e distância ganharam novas definições nos últimos meses. Não posso reclamar. Tenho livre acesso à tecnologia e percebi, para o meu deleite, que muitas das minhas relações melhoraram.

Mas, se a gente vai ajeitando as interações pessoais, como ficam as de trabalho? Muito além das leis trabalhistas, acredito na importância da abertura para novos formatos de relações profissionais e comerciais. Não só parcelamentos e descontos. O leve hoje e pague no semestre que vem. Vai muito além. São mudanças estruturais, de base, que vão mexer com as leis trabalhistas. São profundas, culturais.

Algumas empresas já estão começando a entender isso. Muitas ainda não sabem para onde ir, só sabem que têm de ir. Existem aquelas mais resistentes, mas que já olham de lado e percebem o movimento. O importante é saber que mudanças terão de ocorrer. O mundo realmente não será mais o mesmo e as relações profissionais também não.

E não são apenas os desafios de equipes em Home Office. São questões mais profundas que a empresa terá de estabelecer com o seu funcionário e com o fornecedor. São relações humanas que terão de ser fortalecidas e precisarão de uma sintonia fina.

Arriscar, segundo o João, um grande amigo advogado, é a palavra da hora. Pode parecer contrassenso para alguns, mas é na crise que as melhores ideias aparecem. É tempo de estabelecer relações comerciais e de trabalho que não estão escritas num pedaço de papel. Criatividade, proatividade. É tempo de refazer.